Pará recebe reconhecimento internacional de livre de febre aftosa com vacinação

O rebanho paraense é o quinto maior do Brasil. Certificação internacional garante a comercialização interna e a exportação para outros países.

Uma delegação brasileira com representantes do setor produtivo e do agronegócio do Pará e do Nordeste brasileiro participa da 82ª Seção Geral da Assembleia Mundial de Delegados, promovida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que ocorre de domingo (25) a sexta-feira (30), em Paris, na França. As regiões do Marajó, oeste do Pará e nordeste paraense recebem, na próxima quarta-feira (28), a certificação internacional de área totalmente livre de febre aftosa com vacinação, juntamente com outros sete Estados do Nordeste: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
O evento, que reúne representantes de 178 países signatários, apresenta uma programação que discutirá assuntos de interesse mundial, a exemplo da adoção de resoluções acerca das principais doenças animais, principalmente as de maior impacto para o ser humano e para a economia mundial; as normas internacionais para o comércio de animais e seus produtos e a qualidade dos serviços veterinários. A pauta inclui ainda o debate em torno de temas técnicos sobre a situação sanitária mundial. Na ocasião, também serão celebrados os 90 anos da organização, da qual o Brasil é membro fundador.
Na assembleia geral da OIE, estarão presentes o ministro da Agricultura, Neri Geller, o secretário de Estado de Agricultura, Andrei Gustavo Castro, e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), Sálvio Freire, entre outras autoridades. Entre os representantes do setor produtivo privado, estarão o presidente da União Nacional da Indústria da Carne (Uniec), Francisco Victer, e o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne, Gil Reis.
A diretora substituta do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Denise Euclydes, considera o momento importante, pois o Brasil terá uma nova zona reconhecida como livre de febre aftosa com vacinação, o que significa um avanço ao país, pois abrirá novas perspectivas para o comércio interno e externo de produtos pecuários.
Mercado – A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil é dono, segundo o Ministério da Agricultura, do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças, e desde 2004 assumiu a liderança das exportações com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países.
O reconhecimento internacional abre mercado à economia paraense, pois a carne é o segundo produto na composição do Produto Interno Bruto (PIB), e a maioria dos municípios paraenses tem a pecuária como principal atividade. A partir da certificação os animais poderão ser comercializados dentro e fora do Estado.
Segundo o pecuarista Mário Moreira, o reconhecimento internacional significa um avanço para a pecuária paraense, uma vez que o Pará tem o quinto maior rebanho do país e ocupa a quarta posição em produção e exportação de carne. “Depois de muita luta, muito esforço, é gratificante ter a certeza de que teremos um futuro ainda mais promissor para o agronegócio e para a economia paraense”, diz Mário Moreira.
O Pará, mesmo com características peculiares ao Estado – que incluem o tamanho, a geografia e o fato de, por um longo período, ter regiões com diferentes status sanitários –, conseguiu cumprir etapas e garantir êxito em torno do objetivo de alcançar a unidade de uma área totalmente livre de febre aftosa com vacinação. Esse êxito foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura, em agosto de 2013, ocasião em que o Estado conseguiu a certificação nacional de livre de febre aftosa com vacinação.
“Agora vamos voltar para o Estado do Pará com um certificado assinado pelo presidente da OIE, Vicent Vallat, que nos declara 100% livre de febre aftosa com vacinação”, diz Mário Moreira. Sálvio Freire confirmou que o reconhecimento internacional trará muitos benefícios para o setor. Além da abertura do mercado exportador da carne, o trânsito do boi em pé também terá redução de restrições, a exemplo do término do período quarentenário por ocasião do transporte do gado de uma região sanitária para outra até a chegada nos portos do Pará. Outro item que será beneficiado é o trânsito do gado paraense para outros estados brasileiros que já possuem a certificação de livre de febre aftosa, a exemplo de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
Christina Hayne
Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará

Relacionados

TCE aprova contas do Estado de 2013

À unanimidade, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA) aprovou no final da manhã de ontem a prestação de contas do governador Simão Jatene, referente ao exercício de 2013. Reunidos no p...

MP aumenta percentual de biodiesel no diesel

(Foto: Reprodução) A presidenta Dilma Rousseff assina hoje (28) a medida provisória (MP) que trata da adição obrigatória do biodiesel ao óleo diesel vendido ao consu...

Pará receberá R$ 4 bilhões em investimentos

(Foto: Bruno Carachesti) Ainda em fase inicial de implantação, com os primeiros empreendimentos portuários instalados no distrito de Miritituba, em Itaituba, e no porto de Vila do Conde, em Bar...

Postar um comentário

emo-but-icon
:noprob:
:smile:
:shy:
:trope:
:sneered:
:happy:
:escort:
:rapt:
:love:
:heart:
:angry:
:hate:
:sad:
:sigh:
:disappointed:
:cry:
:fear:
:surprise:
:unbelieve:
:shit:
:like:
:dislike:
:clap:
:cuff:
:fist:
:ok:
:file:
:link:
:place:
:contact:

10+ArquivoComentários

10+

Arquivo

Comentários

Seja um Colunista Voluntário!

Nome

E-mail *

Mensagem *

Publicidade

Seguidores

Visitantes

341,030
item