Feira do Livro espera 400 mil pessoas

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O exotismo da cultura árabe vai predominar na XVIII Feira Pan-Amazônica do Livro, que segue até o dia 8 de junho, das 10 às 22h, no Hangar, em Belém, homenageando o Catar. As visitações aos estandes foram liberadas às 18h de ontem, uma hora antes da abertura oficial do evento. A solenidade contou com a participação da governadora do Estado em exercício, Luzia Nadja Guimarães Nascimento; o titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Paulo Chaves Fernandes; a diretora de Cultura da Secult, Ana Catarina Peixoto; a coordenadora da feira, Andressa Malcher, além dos convidados especiais Mohamed Al Kayki, embaixador do Catar, Rafah Barakat, coordenadora do Projeto Qatar Brasil 2014 e representante do Qatar Museums Authority (QMA).
A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, sob a regência do maestro Miguel Campos Neto, foi a principal atração da noite. A OSTP apresentou um trecho da suíte sinfônica Sheherazade, de Rimsky-Korsakov, uma das composições clássicas inspiradas na cultura do oriente. O coro Infanto-Juvenil Vale-Música também marcou presença, com 100 integrantes.
Após a solenidade de abertura, a governadora em exercício Luzia Nadja Guimarães, acompanhada dos convidados, visitou as instalações da feira e classificou de especial o dia, para a cultura e para as artes. “Há 18 anos se iniciou timidamente uma feira do livro que hoje é referência no Brasil e nos países pan-amazônicos”, elogiou. “Este ano a feira cresceu ainda mais ao aproximar aquilo que parecia tão distante e que ao mesmo tempo é possível encontrar pelas esquinas. A cultura belíssima do Catar está sim presente nos nossos dias”.
Com o tema “Uma janela para o mundo árabe”, quem também recebe as honras é o escritor amazonense de ascendência libanesa Milton Hatoum. Mais de 400 mil pessoas são esperadas para os 10 dias de evento. A expectativa é que a feira movimente R$16 milhões com a venda de cerca de 888 mil livros, que podem ser adquiridos até por R$ 2,99. Ao todo 96 mil títulos estarão expostos em 215 estandes, distribuidos no salão principal e na área infantil, que também oferece uma variedade de brinquedos educativos.
Na programação, autores locais dividirão espaço com escritores nacionais e internacionais. O evento garante espaço para 120 escritores paraenses divulgarem suas obras. O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, idealizador da primeira edição da feira, acredita que o futuro do país está na cultura. “Esta feira é mais do que apenas do livro, é feira da cultura. Queremos um país próspero e recuperar a esperança. Isso só vamos conseguir com a cultura”, disse o secretário.
Outro destaque da feira é a tenda árabe de 60 metros quadrados, com peças originais, feita de pelo de camelo - uma reprodução das antigas moradias árabes, onde acontecem as apresentações culturais, desenho no corpo com henna, caligrafia árabe e oferta de café árabe. As demostraçôes culturais fazem parte das 60 programações que acontecem nos dois países em decorrência do Ano Cultural Qatar Brasil, em 2014.
O público ficou entusiasmado com o que viu no primeiro dia de programação do maior evento literário da Amazônia. Gabriela Brito, de 22 anos, foi com o namorado conferir. “Todo ano eu venho, já faz parte da agenda cultural. Achei muito interessante ver de perto um pouco da cultura do Catar, coisas que a gente só vê na televisão”, avaliou.
As editoras também têm o que comemorar, como oportunidade para aumentar o faturamento. Segundo o proprietário de uma delas, que atua há 30 anos no mercado de mangás e quadrinhos e participa pela segunda vez do evento, no ano passado foram vendidos 30 mil exemplares, o equivalente a um mês de faturamento da loja.