Projeto de exploração de bauxita recebe licença prévia no Pará

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Área de 300 hectares fica localizada em Rondon do Pará.
Votorantim será responsável pela exploração mineral.
O projeto Alumina Rondon, que vai explorar bauxita em Rondon do Pará, e será coordenado pela Votorantim, recebeu licença prévia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A alumina, produto que será refinado com o projeto, é o principal insumo do alumínio. É extremamente utilizada em velas de automóveis e em metais para bens de consumo.
A área do projeto é de cerca de 300 hectares e o complexo industrial prevê a refinaria de alumina integrada à mina de bauxita para o escoamento da produção até o embarque no porto de Vila do Conde, em Barcarena. Serão utilizados como energia elétrica no projeto coque de petróleo, carvão mineral e biomassa.
De acordo com o coordenador de sustentabilidade do Alumina Rondon, Sérgio Oliveira, serão investidos R$ 6,6 bilhões no empreendimento, com a previsão de produzir 7,7 milhões de bauxita e 3 milhões de toneladas de alumina por ano. "Após a expansão do empreendimento, produziremos o dobro", garante.
A aprovação para a concessão da licença foi dada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) em abril, e a publicação da concessão saiu no início de maio. Para mitigar os danos ambientais, a empresa trabalhará com o sistema de tiras, que é a recomposição vegetal do terreno, conforme o avanço da mina.
"Fazemos a supressão vegetal da área e armazenamos a terra fértil. Quando a extração de minério acaba, recolocamos a terra no lugar para que volte a fertilizar. As áreas irão retornar à condição de uso anterior ao da mineração", garante o coordenador.
O empreendimento deverá gerar, além de empregos, insumos para a implantação e operação do complexo industrial, pois irá verticalizar a produção em um só lugar (mina de bauxita e refinaria de alumina). Também terá baixo consumo de água, porque o resíduo será filtrado e a água será reutilizada no processo industrial, isso resultará na geração do chamado “resíduo seco” (parte do minério que não é digerida), que tem armazenamento mais seguro.
Para o secretário Colares, o empreendimento deve se tornar âncora do desenvolvimento local e social. "A Sema analisou também os impactos sociais do projeto, afinal, o licenciamento não passa só pela regularização ambiental, mas também pelo compromisso firmado pela qualidade de vida de quem vive aqui", reforça.